Pesquisa afirma que extrato de ipê pode tratar lesões por veneno de cobra
Pesquisadores brasileiros afirmam que uma substância extraída de árvores de ipê se mostrou eficaz para tratar lesões provocadas por veneno de cobras. De acordo com o estudo, a substância conseguiu reduzir a inflamação da picada, conter a hemorragia, minimizar o edema e diminuir a atividade tóxica do veneno. "Conseguimos identificar e isolar a substância responsável por esses efeitos e já a patenteamos", informou à agência “EFE” a farmacêutica Mônica Qadri, pesquisadora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e coordenadora do projeto.
O produto foi extraído da casca do ipê (Tabebuia áurea, nome científico do vegetal), uma árvore de até 15 metros de altura que faz parte de paisagens do sudeste e centro-oeste brasileiro, do Pantanal e de algumas regiões da Bolívia, Guiana, norte da Argentina, Peru e Paraguai. Segundo Mônica, um possível medicamento desenvolvido a partir do extrato do ipê amarelo não substituirá o soro usado para tratar as picadas de cobra, mas servirá como um complemento "para diminuir as lesões, traumas e sintomas" provocados pelo veneno. De acordo com o Ministério da Saúde, 88% dos acidentes ofídicos no Brasil são provocados pelas Bothrops, que causam danos sistêmicos, inflamação e necrose de tecidos. Nos experimentos, se constatou que o produto reduziu o número de células inflamadas no local e conteve a hemorragia provocada pelos venenos das três serpentes.
Informações do G1.
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