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A seca está produzindo uma crise sem precedente no município de Serrolândia
 
Os prejuízos causados pela pior seca dos últimos 50 anos está provocando uma crise na produção de alimentos e na criação de animais. Até o abastecimento de água para o consumo humano está comprometido.

As reservas de alimentos para os animais e os recursos financeiros se esgotaram. Muitos produtores estão endividados e ainda amargam a dor e sofrimento de vê seu rebanho sendo dizimado por falta de alimentos. Alguns venderam muito abaixo do valor, com prazos a perder de vistas. Outros transportaram os animais para outras regiões do país, mas reclamas dos prejuízos porque os animais não se adaptaram ao clima. O milho ofertado pela Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, a preços menores para agricultores familiares atendeu menos de 10% do que foi solicitado. A palma, o palha do licurí, o mandacaru é encontrado com raridade em algumas propriedades. O senhor João Virgínio Neto dono de uma pequena propriedade rural já perdeu metade do rebanho. Na região onde ele mora choveu mais de 150 mm na ultima chuva que ocorreu no inicio de fevereiro. Segundo o produtor que tem uma boa reserva de água, a seca matou a sementes de capim e a pastagens não se renovou.

A barragem de Cachoeira Grande que abaste a sede do município de Serrolândia e centenas de pessoas que vivem nos povoados e comunidades rurais está no nível de pré-colapso. O açude Serrote foi declarado pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, como morto, pela pouca reserva de água e o ter de salinidade. A barragem de São José do Jacuípe, que faz fronteira com o município e terceira maior do estado, inaugurada há 18 anos e com capacidade para mais de 350 milhões de metros cúbicos de água tem apenas 11% de sua capacidade.

Os preços dos alimentos dispararam; a farinha de mandioca, por exemplo, teve um aumento de mais de mil por cento. E para garantir o alimento na mesa dos serrolandenses o produto esta vindo de cidades do interior de São Paulo. Os comerciantes reclamar da queda na vendas e alguns já falam em demissões. O presidente da Associação Comercial de Serrolândia, Givanildo Araujo avalia que a crise financeira no município por causa da seca este ano será pior que o ano anterior. As feiras esvaziaram porque alguns barraqueiros não encontram produtos hortifrutigranjeiros na região com condições de repassar aos consumidores.

O apoio dos governos está limitado à distribuição de leite a algumas centenas de famílias e água através de carros pipas, garantia safra e credito rural para compras de alimentos para os animais e plantação de palmas.

O numero de desempregados aumentou bastante e mesmo que volte a chover nas próximas semanas não há perspectivas de melhora em curto prazo. É preciso recuperar pastagens, pagar as contas e isso demanda tempo e bons tempos.

Ademilson Araujo Oliveira
Vice-Prefeito
Serrolândia – Bahia

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